A cerveja é uma bebida produzida a partir da fermentação de
cereais, principalmente a cevada maltada. Acredita-se que tenha sido uma das
primeiras bebidas alcoólicas que foram criadas pelo ser humano. Atualmente, é a
terceira bebida mais popular do mundo, logo depois da água e do chá. É a bebida
alcoólica mais consumida no mundo atualmente.
Então vamos aproveitar a sexta à noite e celebrar essa cerva gelada e comemorar qualquer coisa ou não comemorar nada e beber o quanto a gente quiser (e puder), porque beber sem exagero é bom e faz bem. Só não podemos misturar ÁLCOOL E DIREÇÃO porque esse dois NÃO COMBINAM.
Amanhã posto tudo sobre cerveja e os diferentes tipo.
Abração e boa noite!
Como tinha prometido eu trouxe tudo sobre cerveja. Então cervejeiros de plantão, aproveitem e boa breja.
Cerveja é uma bebida alcoólica carbonatada, produzida
através da fermentação de materiais com amido, principalmente cereais maltados
como a cevada e o trigo. Seu preparo inclui água como parte importante do
processo e algumas receitas levam ainda lúpulo e fermento, além de outros
temperos, como frutas, ervas e outras plantas.
Vinho, por exemplo, é feito de uva e uva não possui amido.
Whisky e vodka podem até ser feitos de cereais maltados, porém são destilados,
portanto não são cerveja (isso você já sabia né?).
Dentro desta definição de cerveja encontram-se diversas
variedades, de acordo com fatores como método de produção, ingredientes usados,
cor, sabor, aroma, receita, história, origem e assim por diante.
Conheça, com a ajuda dos confrades do BREJAS, os tipos mais
conhecidos.
LAGERS As Lagers são as cervejas mais consumidas no mundo, responsáveis por
exemplo por mais de 99% das vendas de cerveja do Brasil.
Originarias
da Europa Central no século 14, são cervejas de baixa fermentação ou
fermentação a frio (de 6 a 12ºC), com graduação alcoólica geralmente entre 4 e
5%. Tem entre seus tipos mais conhecidos a Pilsener, tipo de cerveja
originariamente criada no século 19 na cidade de Pilsen, região da Boêmia da
República Tcheca, e que por isso muitas vezes é chamada de Pilsen ou Pils ao
invés de Pilsener.
Os sub-tipos de Lager estão a seguir:
PALE LAGERS
Lagers
claras, o que você mais vê por ai. São tantos sub-tipos que fica quase
impossível decorar todos, portanto listaremos os mais facilmente encontrados:
PILSNER: a Pale Lager original, desenvolvida como receita da
cerveja Pilsner Urquell. São caracterizadas por um lúpulo acentuado no aroma e
sabor. Também chamadas de Pilsener e Pilsen. Podem aparecer em 2 estilos um
pouco diferentes, principalmente devido à escola: Bohemian/Czech Pilsner ,
representada pela Pilsner Urquell e Budweiser Budvar/Czechvar, ambas Tchecas e
meio difíceis de encontrar; German Pilsner, facilmente encontradas nas
representantes Bitburger, Warsteiner, Konig Pilsener, Spaten Pils.
AMERICAN LAGER: cerveja leve e refrescante, feita para matar
a sede e para serem bebidas bem geladas. É o tipo das cervejas mais populares
dos Estados Unidos, com exemplos como Budweiser, Coors e a australiana
Foster's. A maioria das cervejas populares no Brasil, como Brahma, Skol, Kaiser
e Antarctica, são American Lagers, mesmo que elas se intitulem no rótulo e
descrição no verso como Pilsen, talvez até devido a convenção nacional para a
classificação de cervejas.
PREMIUM: de cervejas um pouco mais lupuladas e mais maltadas
que as Standard Lagers, tem como exemplos a Stella Artois, Heineken e Miller
Genuine Draft, facilmente encontradas. Aqui no Brasil, são representadas pela
Cerpa, Bavaria Premium, Brahma Extra, Gold e outras variações das marcas mais
conhecidas. Mas cuidado. Em alguns casos a palavra Premium vem sendo usada para
diferenciar cervejas que suas cervejarias desejam promover em especial, não
sendo necessariamente uma Premium de verdade. Em alguns casos, pode
simplesmente significar Lagers com graduação alcoólica acima de 5%.
LITE: variação ainda mais leve que a American Lager,
oferecida muitas vezes sob o nome Light ou Lite.
DORTMUNDER EXPORT: variação da Pilsner com menos lúpulo,
mais suave, feita em Dortmund em 1873.
HELLES: outra variação com menos lúpulo, mais maltada, feita
em Munique. Marcas conhecidas são Löwenbräu Original, Spaten Premium Lager,
Weihenstephaner Original e Hofbräu München Original
DRY BEER e Japanese Rice Lager: originária do Japão e feita
com arroz, tem a maior parte do açúcar convertido em álcool devido ao longo
período de fermentação. Por isso e por seu sabor suave é chamada de seca.
RADLER: Qualquer Pale Lager misturada com uma limonada
típica alemã, chamada de Zitronenlimonade. Geralmente a proporção cerveja/suco
é de 50/50 ou 60/40. No Brasil temos a Kaiser Radler.
DARK LAGERS
Lagers
escuras também são bastante comuns. Três estilos são os mais comuns e facilmente
encontrados aqui no Brasil:
MUNCHNER DUNKEL: Dunkel significa escura em alemão, portanto
as cervejas Dunkel são cervejas escuras-avermelhadas, produzidas originalmente
em Munique, por isso o nome Munchner. Eram as únicas cervejas da região da
Baviera, antes da chegada das tecnologias que tornaram possível a criação de
cervejas claras. Possuem sabor maltado. Exemplos comuns são Warsteiner Dunkel e
Hofbräu München Dunkel.
DARK AMERICAN LAGER: versão americana da Dunkel alemã, menos
maltada e mais suave. Uma representante fácil de achar no Brasil é a Warsteiner
Dunkel.
SCHWARZBIER: A famosa cerveja preta. Deve ser preta e não
somente escura como a Dunkel. A mais antiga da qual se tem documentação é a
Kostritzer, de 1534 e feita até hoje. Agora, o tipo é muito comum em todo
mundo. No Brasil, pode ser encontrada como Petra Premium, Eisenbahn Dunkel e
Bamberg Schwarzbier. É uma cerveja suave, com aromas que remetem ao café e ao
chocolate. Também é fácil notar a presença de maltes tostados. Não é esperado
que apresente qualquer sabor frutado, sendo mais seca. Também não é doce,
portanto não confunda com cervejas do tipo Malzbier brasileiras.
MALZBIER: Cerveja escura e doce, de graduação alcoólica
baixa, na faixa dos 3 a 4,5%. Muito famosa no Brasil, não possui muitos
correspondentes fora daqui. Na Alemanha, seu país de origem, nem é tratada mais
de cerveja e sim bebida energética. Inclusive é pouco classificada em outras
fontes, caindo normalmente no grupo de "outras cervejas com baixo teor
alcoólico", já que a Malzbier original não chegava nem a 1% de álcool,
pois quase não tem fermentação. Quase toda cervejaria brasileira tem sua
versão, portanto basta procurar por Brahma Malzbier, Antarctica Malzbier,
NovaSchin Malzbier e assim por diante. Trata-se de uma american pale lager na
qual, após a filtração, são adicionados caramelo e xarope de açúcar, ai a
coloração escura (que não vem do malte tostado) e o sabor adocicado.
VIENNA
O
estilo Vienna é originário da Áustria, de cor marrom avermelhada, tem corpo
médio e um sabor suave e adocicado de malte levemente queimado. Graduação
acoólica entre 4,5 e 5,7%. Um exemplo é a mexicana Negra Modelo, a Dos Equis
Ambar e a Samuel Adams Vienna Style Lager.
BOCK
A palavra Bock é resultado da quebra da palavra EinBeck, cidade natal
deste tipo de cerveja. Em alemão também significa cabrito. Por isso algumas
cervejas colocam imagens deste animal em cervejas do tipo Bock. Por tradição
são avermelhadas, mas podem ser também de cor marrom. Possuem um complexo sabor
maltado devido às misturas de maltes de Viena e Munique. A graduação alcoólica
é alta, indo normalmente de 6% nas Bocks Tradicionais até 10% nas Doppelbock e
14% nas Eisbock, tipos diferentes de Bock. Outra variação de Bock é a Maibock
ou Helles Bock, uma bock clara, de até 7,4% de álcool.
Exemplos de Bock são a Kaiser Bock, velha conhecida dos
brasileiros, e a Paulaner Salvator, uma doppelbock.
MARZEN
Produzidas na Bavaria durante o mes de março (März em alemão)
especialmente para a Oktoberfest, as Märzen podem ser claras ou escuras e ficam
entre 4,8 a 5,6% de álcool.
Também é chamada de Oktoberfestbier. Chamadas de "As
Grandes 6", as cervejarias que produzem este tipo são: Augustinerbräu,
Hacker-Pschorr, Hofbräuhaus, Löwenbräu. Paulaner e Spaten.
KELLERZWICKEL
A Keller e a Swickel são cervejas pouco comum, não são filtradas
(portanto turvars) nem pasteurizadas (servidas na pressão e não engarrafadas),
e ficam maturando de maneira exposta, sem cobertura. Pode ser bem amarga e tem
álcool médio.
MALT LIQUOR Malt Liquor é um termo surgido nos Estados Unidos para classificar as
lagers fortes que têm alto teor de álcool devido à adição de açúcar, enzimas ou
outro ingrediente em complemento ao malte . Geralmente são licorosas no paladar
e não muito amargas, pois em muitos casos nem levam lúpulo. Não devem ser
confundidas com as cervejas do tipo Barley Wine, que apesar de também fortes no
álcool, alcançam tal graduação devido às técnicas europeias sem adição de
açúcar ou enzimas.
Também são chamadas de Super Strenght e Super Forte. Um
exemplo é a Amsterdam Maximator, com 11,6% de álcool, e a Bavaria 8.6.
ALES O que a difere das Lager é o tipo de fermentação, que é feita em
temperaturas mais altas, geralmente entre 15 e 24ºC. É um processo antigo de
fabricação, o que fez com que as cervejas do tipo Ale fossem as únicas
disponíveis até meados do século XIX, quando foi inventada a baixa fermentação
(Lager).
Dada essa “antigüidade”, aliada principalmente à fermentação
a quente, os sabores complexos, maltados e lupulados das cervejas Ale são
incomparavelmente mais perceptíveis, sendo cervejas mais encorpadas e
vigorosas.
Assim ao longo dos séculos, surgiram inúmeros subtipos de
cervejas Ale. A seguir, falaremos um pouco sobre os subtipos que você
encontrará mais freqüentemente no Ranking BREJAS de Cerveja:
PALE ALES
São
as Ales claras, com graduação alcoólica até 6%. Foram criadas para competirem
com as cervejas Pilsen durante a Segunda Guerra Mundial, portanto compartilham
a característica de serem mais suaves. É um dos maiores grupos de cerveja e
possui alguns sub-tipos ou sub-nomes:
AMERICAN PALE ALE, como a Sierra Nevada Pale Ale, designa as
americanas mais claras
ENGLISH PALE ALE, também cahamda de ENGLISH BITTER, ou
apenas BITTER, nome usado na Inglaterra por serem mais amargas que as demais
cervejas, como as Porters por exemplo. Podem ser Standard Bitter, Especial
Bitter ou Extra Special Bitter/ESB
BELGIAN PALE ALE, as Ales claras belgas
BELGIAN BLOND ALE, algumas vezes chamadas de Golden Ale
também, são as Pale Ales mais douradas e um pouco mais encorpadas
INDIA PALE ALE ou somente IPA, como a Colorado Indica,
cerveja carregada em lúpulo, criada pelos ingleses para aumentar o tempo de
conservação da cerveja que seria levada para as viagens pela Índia. Varia na
intensidade de amargor e percentual de álcool de acordo com o sub-tipo, da
menor pra maior: English IPA, American IPA e Imperial IPA
AMBER/BROWN E RED ALE
Diferenciando-se em coloração principalmente, mas também acompanhando em
corpo e potência, estão algumas outras categorias de estilo:
AMERICAN AMBER ALE, usado na França e EUA para classificar
as Ales um pouco mais escuras
AMERICAN BROWN ALE, mais excura e maltada e menos lupulada
que suas "irmãs" American Pale e Ambar Ale
ENGLISH BROWN ALE, denomina as inglesas mais escuras. Podem
ser Mild , Southern ou Northern. A New Castle Brown Ale, famosa e até fácil de
encontrar por aqui, é uma Northern English Brown Ale.
RED ALE, avermelhada devido ao uso de um pouco de malte
tostado. Também chamada de IRISH RED na Irlanda. Um exemplo comercial que desde
2008 pode ser encontrado no Brasil é a Kilkenny Irish Beer, da Diageo, mesma
empresa que faz a Guinness.
ALTBIER
Altbie ou simplesmente Alt, proveniente da região de Düsseldorf na Alemanha, seguem o
estilo antigo de produção de Ales, antes mesmo do surgimento das Lagers. É
muitas vezes considerada uma ligação enter as cervejas Ales e as Lagers, por
ser feita com fermento de Ale porém fermentada em temperatura de Lagers. Podem
ser Dusseldorf Altbier ou Northern German Altbier. Um exemplo desse último
estilo é a holandesa Grolsch Amber Ale.
SCOTCH ALE
Ales
da escola escocesa, variando, principalmente em potência, entre Light, Heavy,
Export e Strong.
SAISON Feitas em Wallonia - Bélgica, as Saison chegam a ser comparadas a vinhos
tintos devido a fermentação e sabores presentes em comum.
BIÈRE DE GARDE
Cerveja
de guarda feita principalmente na França, na região de Pas-De-Calais, as Bière
de Garde são feitas para durarem anos, normalmente têm uma última fermentação
na garrafa e muitas vezes são vendidas em garrafas com rolhas. Janlain Amber e
La Choulette são bons exemplos não tão dificeis de encontrar.
STRONG ALES
Denominação genérica que inclui uma variada gama de cervejas que podem
ser claras ou escuras. Possuem alto teor alcoólico, que vai de 6 e pode chegar
a 12%. Podem ser saborosas e balanceadas, “inserindo” harmoniosamente o álcool
no conjunto, ou podem ser simplesmente fortes e desbalanceadas, evidenciando a
gradação alcoólica.
Dentro deste subtipo estão as Barley Wines - quase tão
fortes quanto vinho - e também as Old Ale, como a Fuller's 1845, agora facilmente
encontrada no Brasil.
BELGIAN STRONG ALES
Produzidas
principalmente na Bélgica, estas possuem algumas caracerísticas diferenciadas
que as fazem cair em um agrupamento diferenciado.
Os vários tipos seguem abaixo:
DUBBEL: Cerveja do tipo Ale na qual o mestre cervejeiro
adiciona o dobro da quantidade de malte do que uma cerveja “comum”. Geralmente
balanceadas e de teor alcoólico mediano, possuem bom corpo e carbonatação alta.
TRIPEL: Cerveja na qual se adiciona três vezes mais malte do
que em uma cerveja “comum”. Possuem, em geral, coloração amarelo-dourado, creme
denso e consistente e a gradação alcoólica girará entre 8 a 12%. Aroma e sabor
são complexos, macios e com forte presença de frutas o que, às vezes, pode lhe
conferir um paladar adocicado. Excelente equilíbrio entre o lúpulo e o fermento
utilizado no fabrico.
ABT/QUADRUPEL: São cervejas mais escuras e mais ricas,
utilizando o quádruplo de malte do que em uma cerveja “comum”. O volume de
álcool é sempre forte, muitas vezes ultrapassando os 10%.Entram aqui a
famosíssima Westvleteren 12 e também a Rochefort 10 e La Trappe Quadrupel.
GOLDEN STRONG ALE: São as loiras mais fortes e encorpadas,
até 10,5% de ácool, com colaração amarelo-dourado e sabor é frutado. Entram
neste grupo: Duvel e Delirium Tremens, entre outras.
DARK STRONG ALE: São as Belgian Ales escuras, fortes e
encorpadas. Com várias representantes de peso, como Chimay Bleu, Rochefort 8 e
Gulden Draak, essa categoria tem cervejas que chegam a 11% de álcool.
BELGIAN SPECIALTY ALE São as temperadas (veja mais abaixo), só que belgas. Também entram
aquelas belgas que, por um motivo ou outro, não se encaixam dentro de nenhuma
outra categoria das belgas, portanto caem aqui como Belgian Specialty Ale.
Mesmo assim, não pense que este estilo é pouco conhecido. Aqui está a trapista
Orval, odiada por muitos, amada por muitos também. Também está a La Choufe, a
Unibroue Maudite e a McChouffe.
KÖLSCH
Do
berço alemão de cervejas e de coloração dourada, é normalmente mais doce e com
menos lúpulo que as suas irmãs. Em muitas receitas leva vários grãos, inclusive
trigo. Pela regra, somente cervejas feitas em Köln (Colonia) poderiam levar o
nome Kölsch, assim como ocorre com o Champagne. Entretanto, temos casos de
cervejas brasileiras, como a Eisenbahn, que oferecem sua versão.
WEISSBIER (Weizenbier, Wheat Beer ou Cerveja de Trigo)
Produzida principalmente pelas grande cervejarias alemãs como HB,
Paulaner, Erdinger, Franziskaner e Weihenstephan, é uma cerveja feita a base de
trigo e característica do sul da Alemanha, região da Baviera. São cervejas
claras e opacas, onde sobressai o trigo com o qual foram produzidas, bem como
sabores frutados (banana e maça), cravo e florais. Bastante refrescantes e de
graduação alcoólica moderada (entre 5 e 6%), são opacas e normalmente não
filtradas. Produzem, em geral, um creme denso e persistente. Aqui no Brasil a
Bohemia fabrica sua versão, chamada Bohemia Weiss.
As variedades possíveis são:
Hefeweizen, de cor amarelada-marrom opaca, pois a levedura
não é filtrada. Erdinger Hefeweizen é a mais conhecida aqui no Brasil
Kristallweizen, de cor clara e transparente, leve na
degustação. Normalmente é filtrada, não tendo adicão de levedura diretamente na
garrafa. Um exemplo é a Franziskaner Weissbier Kristallklar
Dunkelweizen ou Hefeweissbier dunkel, cerveja de trigo
escrura, de gosto mais forte. A Erdinger tem sua versão, aquela com rótulo
preto, chamada de Erdinger Weissbier Dunkel.
Weizenstarckbier ou Weizenbock, cerveja tipo bock com uma
graduação alcoólica entre 5% e 12%. Exemplo é a Aventinus, feita pela G.
Schneider & Sohn.
Berliner Weisse ou Berlin White (cerveja branca berlinense),
de graduação alcoólica entre 2 e 4% e de cor amarelada e opaca. Por ser
levemente azeda, é comum adicionarem xaropes doces de frutas.
Witbier (Belgian White), esbranquiçadas devido às leveduras
e ao trigo suspenso (daí o nome). Possui um toque cítrico de laranja, já que a
casca da fruta é usada como complemento ao lúpulo. Também leva
"coriander", conhecido por nós como semente de coentro. A marca mais
representativa é a Hoegaarden, além da Unibroue Blanche de Chambly.
Bière Blanche ou Blanche: apenas o nome em francês para as
cervejas de trigo
Russ, cerveja de trigo com acréscimo de suco de limão
(Zitronenlimonade), assim como ocorre com a Radler
STOUT
Cervejas
negras opacas, dotadas de forte sabor de chocolate, café e malte torrado, pouca
carbonatação. Sua origem remonta à época em que parte da produção das
cervejarias inglesas era destinada à Rússia e aos países bálticos. Para
suportar a viagem, essas cervejas possuíam – assim como possuem hoje – alto
teor alcoólico, variando de 8 a 12%.
Sua representante mais famosa é a Guinness.
Também apresenta diversos sub-tipos
Dry Stout
Sweet Stout
Oatmeal Stout
Foreign Extra Stout
American Stout
Russian Imperial Stout
PORTER
Comumente confundida com as Stouts, tem lá sua razão de ser: o nome
Stout surgiu de uma diminuição do nome "Stout Porter", usado para
classificar as Porters mais fortes. Portanto, a Porter é uma cerveja mais suave
que sua parente Stout, normalmente com 1 a 2% a menos de álcool. Pra se ter uma
idéia de como uma coisa levou à outra, a cervejaria Guinness produzia Porters
até 1974.
As Porters são cervejas escuras, típicas da Inglaterra, e
não tão fáceis de se encontrar aqui no Brasil. Podem ser Brown Porter ou Robust
Porter.
Outra variedade, chamada Baltic Porter , tem mais álcool e,
apesar de ter começado como Ales, hoje são normalmente Lagers.
LAMBICS
A
maioria dos especialistas classifica as cervejas do tipo Lambic como uma
terceira categoria, em separado das Lager e Ale, por causa do seu tipo de fermentação,
que é espontânea.
São feitas de trigo, porém não são adicionadas leveduras no
mosto, ficando a fermentação a cargo dos agentes naturais, os quais são
encontrados somente numa pequena área ao redor de Bruxelas. Daí a dificuldade
em encontrá-las, bem como o seu preço elevado.
Trata-se de um tipo muito peculiar de cerveja, dotada de uma
gama extremamente numerosa de aromas, os quais vão do frutado (como framboesa,
cereja ou banana) ao extremamente cítrico (como vinho branco ou vinagre).
É o tipo mais antigo de cerveja feito no mundo, fato que,
por si só, exige que você as experimente. Seus sub-tipos são:
LAMBIC-FRUIT
No processo
de fabricação, após a fermentação espontânea ter começado são adicionadas
frutas inteiras, como pêssegos, framboesas e cerejas. A fermentação
propriamente dita é realizada pelos microorganismos presentes dentro da
fábrica. Algumas lendas dão conta que as caves onde são produzidas as Lambic
jamais são limpas, a fim de manter o equilíbrio original dos bolores essenciais
ao caráter da cerveja que se quer produzir. Após este processo, a cerveja
permanece por cerca de três anos maturando em barris de carvalho. Trata-se de
uma cerveja cujo teor alcoólico é relativamente baixo (não ultrapassa os 6%),
bem como a carbonatação, o que faz com que o creme, quando há, não seja denso.
As Lambic tradicionais, muito mais ácidas, levam a denominação “Oud” (velha) a fim
de diferenciá-las das jovens e comerciais, mais doces e balanceadas.
No sub-tipo Lambic-Fruit estão as conhecidas Kriek (de
cereja ácida) e as Framboise (de framboesa).
STRAIGHT/UNBLENDED
A Lambic pura, sem misturas de frutas, açúcares ou misturas de
diferentes barris. São pouquíssimos os exemplos comerciais. Um deles é a Cantillon
Grand Cru Bruoscsella.
GUEUZE
Trata-se
de um “blend” de Lambics novas (1 ano) e antigas (2 a 3 anos), retiradas de
vários barris diferentes no processo de fabrico, e que são engarrafadas para
uma segunda fermentação.
Geralmente as Lambic - Gueuze são menos ácidas e mais
balanceadas, algumas assemelhadas ao champagne. Inclusive, tradicionalmente são
servidas em garrafas ao estilo champagne.
Representantes do estilo são Cantillon Gueuze, Mort Subite
Gueuze e Lindemans Gueuze Cuvée René.
FARO
É a Lambic com açúcar. Mais saborosa, leve e sem a acidez característica
das outras Lambics, é o tipo mais aceito pelo mercado. Por outro lado, perde em
complexidade para os outros tipos de Lambics.
OUTRAS NOMENCLATURAS
TRAPISTAS
Não
são consideradas propriamente um estilo único, pois algumas são Dubbel, Tripel
ou Quadrupel. Todavia, dado o fato de algumas cervejas trapistas serem consideradas
as melhores do mundo por inúmeros especialistas, merecem ser “separadas” das outras.
A Ordem Trapista (oficialmente, Ordem dos Cistercienses
Reformados de Estrita Observância) é uma congregação religiosa católica. Seus
monges seguem o princípio fundamental do ora et labora, vivendo em grande
austeridade e silêncio. Fazem três votos: pobreza, castidade e obediência.
Assim, as cervejas, fabricadas em pequenas quantidades no interior dos
mosteiros muitas vezes são difíceis de ser encontradas no mercado, já que os
monges não as comercializam com o propósito do lucro, mas apenas para manter o
funcionamento da própria abadia e alguns serviços de caridade.
Atualmente, a ITA (International Trappist Association),
entidade criada com o propósito de definir as regras do estilo e proteger o
nome do uso abusivo por parte de outras marcas, possui como membros apenas sete
abadias trapistas, seis na Bélgica (Westvleteren, Chimay, Orval, Achel,
Wesmalle e Rochefort) e uma na Holanda (Koningshoeven, onde são fabricadas as
cervejas La Trappe). A entidade criou, também, um selo de identificação que só
pode ser utilizado em produtos trapistas autênticos.
Algumas cervejas trapistas possuem tempo de guarda de mais
de 10 anos.
ABBEY (ou cervejas “de abadia”)
Também não são consideradas um
estilo mas, diferentemente das trapistas, as cervejas “de abadia” não possuem
origem controlada. Podem ser produzidas em grandes fábricas e comercializadas
normalmente, desde que a sua receita original tenha sido originária de uma
abadia, a qual pode ou não ser da ordem trapista.
RAUCHBIER
Literalmente, cerveja defumada. Pode ser de vários estilos, como Marzen
e Weizen, desde que usem maltes defumados no seu preparo. Acompanham muito bem
charutos e cachimbos, por motivos óbvios.
FRUIT BEER
Qualquer
estilo de cerveja misturado com frutas ou suco de frutas. Não confundir com as
Fruit Lambics.
TEMPERADAS – SHV
São
cervejas de qualquer estilo que acabam não se enquadrando no mesmo pois são
temperadas com especiarias, ervas e vegetais, alterando a fórmula e fazendo-as
fugir das características padrão de cada estilo. Também chamadas de SHV do
inglês Spice/Herbe/Vegetable.
CHOPE
Também
chamado Chopp, vem da palavra alemã Schoppe (mais exatamente do dialeto
Alsaciano), nome de uma caneca de quase meio litro. É nada mais nada menos do
que uma cerveja não pasteurizada. Por esse motivo, pode ter variações assim
como acontece com a própria cerveja, seguindo vários dos estilos acima citados.
Por não ser pasteurizado, dura, dentro do barril, cerca de 10 dias e, após
aberto, não mais que 24 horas.