sábado, 26 de setembro de 2015

Hoje é dia de rock bebê

Com essas palavras Cristiane Torloni deixou a marca de Tereza Cristina no Rock in Rio e hoje muita gente a usa ao se referir a esse evento.

Vamos falar um pouco sobre o Rock in Rio 

Rock in Rio é um festival de música idealizado pelo empresário Roberto Medina pela primeira vez em 1985, sendo, desde sua criação, reconhecidamente, o maior festival musical do mundo latino e um dos maiores do planeta, perdendo apenas para o Tomorrowland. Foi originalmente organizado no Rio de Janeiro, de onde vem o nome, tornou-se um evento de repercussão mundial e, em 2004, teve a sua primeira edição fora do país em Lisboa, Portugal.

1985 NASCE O PRIMEIRO GRANDE FESTIVAL DO BRASIL

O ano era 1985 e o país passava por grandes transformações. Após longo período sob uma ditadura militar, o país começava a dar os primeiros passos rumo à democracia. Foi nesse cenário que nasceu o Rock in Rio. Pela primeira vez um país da América do Sul sediou um evento musical desse tipo.

A primeira edição do festival aconteceu na cidade que o batiza, o Rio de Janeiro, no bairro de Jacarepaguá.  Em uma área de 250 mil metros quadrados foi construída a Cidade do Rock, o espaço que recebeu, durante 10 dias, 1.380.000 pessoas. A estrutura contou com um sistema de som e luz extremamente modernos para época. Aliás, foi no Rock in Rio que uma platéia de um grande show foi iluminada pela primeira vez. O público já era parte do show.

No palco passou um verdadeiro “Hall of Fame” da música mundial. O line-up contou com nomes como Queen, AC / DC, James Taylor, George Benson, Rod Stewart, Yes, Ozzy Osbourne e Iron Maiden. Isso sem falar em algumas das principais estrelas nacionais, como Gilberto Gil, Elba Ramalho, Rita Lee e toda uma nova geração do rock nacional como Paralamas do Sucesso, Blitz, Kid Abelha e Barão Vermelho. Todos juntos dão o tom: esse é um festival de todos os estilos.

Aquela edição colecionou momentos históricos. Em uma deles Freddie Mercury (Queen) ficou tão impressionado com o coro espontâneo do público durante o hit “Love Of My Life”, que decidiu reger aquela bonita massa sonora. Não é de admirar que a própria banda tenha citado aquela experiência com um dos mais belos de sua história.

A partir de 1985, o Brasil entrou para o cenário de grandes shows mundiais. E isso foi só o começo. Nascia um gigante.

Rock in Rio Brasil 1991

O maior estádio do mundo daquela época foi o lugar escolhido para a segunda edição do Rock in Rio. Entrou em campo uma massa de 700 mil pessoas ávidas por grandes nomes da música e uma seleção única de artistas que colocou essa galera para pular durante 9 dias de festival.

O Rock in Rio 1991 garantiu a primeira visita do Guns N ‘Roses ao Brasil. A banda fez dois shows históricos. E como a diversidade sempre foi uma marca do festival, o Run DMC, ícone do Rap, abriu as portas do gênero no festival. Prince e George Michael receberam muitos elogios da crítica com apresentações impecáveis. Santana contou com participações especiais de Djavan e Gilberto Gil em uma das apresentações mais comentadas de 1991. O line-up ainda teve INXS, Joe Cocker, Megadeth, Titãs, Engenheiros do Hawaii e muitos outros.

O segundo Rock in Rio não terminou sem quebrar um recorde. O maior público pagante de um show até aquele momento foi o que viu o A-ha no dia 26 de janeiro dentro do festival. Nada menos que 198 mil pessoas.

Novamente o festival deixou sua marca na cidade e na história da música.

Rock in Rio Brasil 2001

Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2001. Essa foi a data que o Rock in Rio reencontrou sua casa. Uma nova Cidade do Rock foi erguida em Jacarepaguá, com capacidade diária para 250 mil pessoas.

O terceiro Rock in Rio contou com uma série de novidades, entre elas o “Por um Mundo Melhor”.  A música passou a dividir espaço com discussões sobre questões socioambientais, com foco na educação e na cidadania. Era o início de um projeto que passaria a fazer parte do conceito do festival. Inspirada pela nova iniciativa, a abertura foi marcada por um movimento de comunicação jamais realizado.  Ele silenciou mais de 3500 emissoras de rádio e TV do Brasil por 3 minutos. O Rock in Rio convidava todos a refletirem sobre o que poderiam fazer para transformar o planeta em um lugar melhor.

O festival também bateu mais um recorde de público: foram 1.235.000 pessoas em 7 dias de festa com 160 artistas. O line-up marcou o retorno de Iron Maiden e Guns N’Roses e ainda trouxe Foo Fighters, REM, Neil Young, Queens of The Stone Age, Oasis… Uma lista recheada de grandes nomes, mantendo a diversidade musical, característica que acompanha o Rock in Rio desde o início. Até um dia dedicado ao Pop com Britney Spears, N Sync e vários outros foi criado. Entre os brasileiros artistas como Cassia Eller, Capital Inicial e Kid Abelha.  Também surgiram palcos especiais para o som mais étnico e novidades da música brasileira.

O Rock in Rio deixou de ser apenas um evento musical para se tornar o maior festival de música e entretenimento do mundo.

Rock in Rio 2011

O público brasileiro esperou isso por uma década.  A volta do festival gerou tanta expectativa que os 700 mil ingressos disponíveis esgotaram em quatro dias. Esse fenômeno também foi refletido na internet. 180 milhões de pessoas foram impactadas pelas redes sociais do festival, que cravou um novo recorde de audiência no YouTube, se tornando o festival com maior plataforma digital. Depois de tanto tempo todo mundo tinha certeza que algo especial iria acontecer. E acertaram.

Como previsto, o festival foi cheio de momentos memoráveis. Em um deles Stevie Wonder emocionou o público ao cantar “Garota de Ipanema”, com a filha, Aisha Morris.

O Palco Sunset, um espaço para encontros e jam sessions entre artistas, estreou no Brasil. Entre as apresentações especiais que rolaram nele vale destacar a que uniu Esperanza Spalding e Milton Nascimento. Outro grande encontro foi o do Sepultura com o grupo francês Les Tambours du Bronx.
Inspirada na atmosfera de Nova Orleans (EUA) a Rock Street foi outra novidade da edição brasileira. 

A rua temática da Cidade do Rock com lanchonetes, bares e apresentações artísticas também serviu como ponto de encontro.

O “Por um Mundo Melhor” promoveu novos debates sobre sustentabilidade e temas sociais.

Os 7 dias de música e diversão que rolaram em setembro contaram com uma infraestrutura sem precedentes no Brasil.

A quarta edição do Rock in Rio no Rio de Janeiro ficou mais uma vez na memória dos fãs, que dividem seus calendários em ano de Rock in Rio e ano sem Rock in Rio.

Rock in Rio 2013

O ano é 2013. A cidade é o Rio de Janeiro. O Rock in Rio volta ao seu ponto de partida com um arsenal.  Beyoncé, David Guetta, Justin Timberlake, Florence and The Machine, Metallica, Slayer, Avenged Sevenfold e Iron Maiden foram alguns dos nomes que fizeram essa edição entrar para a história.

Mas como manda a tradição, não só os shows tornaram esse festival especial. Teve casamento em plena Cidade do Rock, fã que beijou o Bon Jovi no Palco Mundo, fã que foi convidado pra cantar com o Bruce Springsteen (que cantou “Sociedade Alternativa”, clássico de Raul Seixas), o Jared Leto, vocalista do Thirty Seconds to Mars, que se lançou da Tirolesa em pleno show da banda… Foi também a estreia brazuca do Palco Street Dance, que trouxe o groove das danças urbanas para a Cidade do Rock.

Mais que a Cidade do Rock

E em 2013 o Rock in Rio foi parar em dois novos lugares.  A experiência do festival inspirou um musical e um desfile de escola de samba.  A gente já disse que não tem fronteiras?
“Rock in Rio – o Musical” levou o espírito do festival ao teatro. A peça conta a história de amor e superação de dois jovens através da música. Na trilha um monte de clássicos tocados no palco do festival como “Love of My Life”, do Queen e “Óculos”, dos Paralamas do Sucesso.
E o maior festival de música e entretenimento do mundo foi homenageado em um dos maiores espetáculos do planeta.  A Mocidade Independente de Padre Miguel levou para Sapucaí a atmosfera do Rock in Rio. Foi bonito ver fantasias e alegorias representando vários ícones ligados ao evento.

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