segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Rock in Rio 2015

Nem bem o Rock in Rio 2015 terminou e já deixou saudades nos roqueiros do Rio e do Brasil, já que tinha roqueiro de todo o nosso país. Com uma programação pra lá de boa esse Rock in rio também já entrou pra história, assim como as outras edições.
Então vou fazer um pequeno resumo de tudo que rolou nessa edição.



A noite que poderia ter sido "um show do Queen com um monte de atrações de abertura" foi um pouco além disso. Mas não tanto assim.
O primeiro dos sete dias de Rock in Rio 2015 levou 85 mil fãs à Cidade do Rock, na Zona Oeste do Rio.
Eles viram boas homenagens a Cássia Eller e aos 30 anos do festival.
Com termômetros chegando a 40º, a sexta-feira foi basicamente de pop rock, com hits inofensivos (OneRepublic) e rock com um quê de boy band (The Script).
Trinta anos depois de um show clássico no festival, talvez o mais conhecido e celebrado da história do evento criado em 1985, o Queen retornou.
Desta vez, com Adam Lambert, pau de selfie na guitarra e Freddie Mercury no telão.
Faltou, claro, Freddie. Mas Lambert, o substituto, esteve à vontade: além de se divertir, divertiu o público, fazendo boa apresentação e à altura da história da banda.

Para não dizer que só falamos de rock, pegaram mal o perrengue para chegar via BRT e a dificuldade para comprar comida na principal lanchonete da Cidade do Rock.

O tributo a Cássia Eller (1962-2001) homenageou a cantora não só com músicas de vários estilos, mas também com algumas atitudes. Tacy de Campos, protagonista do musical "Cássia Eller", Zélia Duncan, Mart'nália e a percussionista Lan Lan mostram os seios ao som de "Smells like teen spirit", pesado cover do Nirvana. A cena era para lembrar o show de 2001 de Cássia no Rock in Rio.



Vocalista da banda irlandesa The Script, Danny O’Donoghue mostrou que sabe manter tanto a afinação quanto o topete. O cantor não para quieto no palco. Tanta entrega – com direito a “roubo” da câmera do cinegrafista do Rock in Rio, camisas da seleção brasileira e gritos em português –, foi retribuída pelas fãs com recorrentes gritinhos de “Lindo!”. Bastante alto e na base de poses, camiseta regata, tatuagens e discursos emocionados, O’Donoghue prometeu voltar logo.

O show em homenagem aos 30 anos do Rock in Rio teve vários momentos que repetiram outras edições, especialmente a de 1985. Começou com “Pro dia nascer feliz”, do Barão, e teve ainda “Óculos”, dos Paralamas. Entre outros veteranos do festival, teve Ivete, Skank, Erasmo e Dinho Ouro-Preto, que foi produtor artístico da “farofa roqueira”.

O clima era tão bom no primeiro show no Palco Mundo que Evandro Mesquita, da Blitz, fez a declaração de “protesto” mais paz e amor dos últimos tempos. Ele pediu "vibrações positivas para a gente mudar esse país com alto astral", antes de emendar Bob Marley.

O show do Ira! no Palco Sunset contou com Rappin' Hood e Tony Tornado. Foi como se estivéssemos em um Rap & Soul in Rio. Em "BR-3", Tornado chamou o filho para dividir o microfone. O rapaz pediu igualdade racial, e em outro momento o pai fez discurso semelhante. Disse que, sob a luz do sol, todo mundo tem a sombra da mesma cor. O mesmo espírito de integração que havia marcado todo o show.

Ivete Sangalo conseguiu comandar a festa roqueira entrando de “penetra”. Única cantora de axé em uma homenagem dominada por bandas de rock aos 30 anos do festival, ela foi bem recebida tanto com os Paralamas quanto ao tocar “Tempo de alegria” sozinha. Foi ovacionada por fãs do Queen. O peixe fora d’água nadou de braçada.

O vocalista do Faith No More se empolgou com a energia da plateia, se jogou nos braços do público. Infelizmente, ele teve um erro de cálculo e caiu no fosso.



Também não poderia de deixa de comentar sobre a cantora Rihanna que fechou o penúltimo dia do festival.

A cidade do rock tremeu com a chegada de Rihanna ao Palco Mundo, neste sábado (26) de Rock in Rio 2015. Quatro anos após sua última passagem pelo Brasil, e cinco meses depois de seu último show, realizado em Indianapolis (EUA), a cantora aportou no meio de uma cortina de fumaça cantando "Hey Baby, I'm Rockstar", o refrão de "Rockstar 101".

Show mais concorrido dessa edição até agora, o pop de Rihanna fez com que as atrações mais roqueiras ficassem, por um momento, pequenas. Pelo menos quanto ao tamanho da ovação do público.

Embora tenha voltado com uma banda mais pesada, a celebração não foi pelo valor musical, que continua sem aprofundamento, mas sim pela sua figura provocativa. Poucos astros do festival exercem tamanho fascínio, mesmo fora do palco.

Em cima dele, vestida com um jaquetão e calça larga amarelos (que virou meme na internet por parecer uma capa de chuva), além dos colares que chegavam a cintilar no escuro, Rihanna não faz um show com a mesma parafernália e efeitos de Beyoncé e Katy Perry. Sua aposta é no próprio rebolado, no twerk e na interação com o público.

"Rio, está quente pra cacete aqui. Gosto disso", disse, em resposta ao calor da plateia, antes de apresentar uma sequência de hits como se fosse um grande medley: "Only Girl (In The World)", "Rude Boy", "What's My Name" e "Umbrella".

A pressa de Rihanna em apresentar suas canções colocou ânimos para o alto, mas resultou em um show curto e sem bis. Foi a menor apresentação de todos os headliners: 1h10 de duração. Foi tanto sucesso que ela ainda avisou: "Vocês ligam para as músicas mais lentas? Aqui vão algumas delas".
Na passarela lateral do palco, mostrou o vozeirão, pela primeira vez sem as bases pré-gravadas. Ao lado de um violão e um piano, cantou "Unfaithful" e trechos de "Love the Way You Are".






Como é muita coisa pra comentar vou somente comentar ainda do último dia.

É difícil passar um Rock in Rio sem: chuva, Axl Rose e apelido "Pop in Rio". De um jeito ou de outro, esses elementos apareceram no último dia do festival, neste domingo (27). Katy Perry era a estrela mais aguarda pela multidão que voltou a lotar a Cidade do Rock.

O que nem todo mundo esperava era o temporal, o vocalista do Guns estampado na camisa de Alcione e gente que, 30 anos após o festival estrear com programação diversa, ainda estranhar uma estrela pop no Palco Mundo.

O aquecimento foi de anos 80, 90 e 2000. Antes de Katy, o A-ha fez baile da saudade oitentista com direito a "air teclado" - fãs lá embaixo imitando os sons do passado e ainda esbravejando contra novidades. Os 90 foram na abertura, com o Cidade Negra exaltando seu reggae-pop.

A introdução mais moderninha ficou com o AlunaGeorge, que encarou sem perder a pose a parte de chuva mais forte da noite de domingo. Ninguém conhecia Aluna Francis. Agora ela é a mina que enfrentou tempestade e fãs de Katy Perry e sobreviveu.

O Palco Sunset teve audiência mais tímida, como aconteceu nestes últimos dias menos roqueiros e mais pop do evento. Mesmo sem lotar o espaço, os fãs se animaram com o dueto português da cantora soul Aurea e o rapper Boss AC.

Outro destaque foi a homenagem aos 450 anos do Rio de Janeiro, que encerrou o Sunset em 2015. Cantaram, Gabriel, o Pensador, Simoninha, Buchecha, Roberta Sá, Fernanda Abreu, Maria Rita, Léo Jaime e Davi Moraes. Ah, e Alcione com camisa de Axl, claro.

Espetáculo circense chic de Katy Perry encerra o Rock in Rio 2015
Cantora investiu em apresentação no estilo mais pop impossível, com direito a bailarinos, cenários variados e muitos figurinos.

O show de Katy Perry é um espetáculo visual tão frenético que suas músicas acabam ofuscadas pelas luzes, nuvens de fumaça, dançarinos fantasiados de cavalos e suas milhares de roupas coloridas e brilhantes.

Escalada para encerrar o Rock in Rio 2015 já na madrugada desta segunda-feira, 28, (missão que nas últimas edições esteve nas mãos mais experientes de Guns N Roses e Iron Maiden), ela fez os fãs cantarem, gritarem e dançarem, mas a apresentação é tão artificial e cheia de firulas que sobra pouco espaço para a autenticidade.

Ela pula corda, aparece vestida de Cleópatra em cima de um cavalo formado por dois dançarinos, veste roupas que brilham no escuro, passa vídeos de bichinhos no telão e chama fãs ao palco.
"Eu sei que 'ti amo' é 'I love you', certo? Eu sou 'Katy', certo?", para aplausos entusiasmados. Ela chama uma 'KatyCat' - como são conhecidos seus fãs - ao palco e tenta repetir seu nome. Engraçadinha, pede para a jovem Raiane ensiná-la algumas palavras em português, leva uns beijinhos no pescoço. E é isso.

"Esse é o maior show da nossa turnê! Brasil sempre tem os maiores amantes de música do mundo, é incrível", disse Perry antes de dedicar 'Unconditionally' a "todos os brasileiros alí".



Espero que tenham gostado desse resumo pois fiz com muito carinho para vocês.

Deixo para vocês a linda imagem da lua aqui no rio de Janeiro na noite do dia 27/10. Um abraço e até amanhã com mais novidades e receitas deliciosas.







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